Sindicatos e administração da CP acordaram manter um período de "tréguas" até ao final de Abril as greves às horas extraordinárias e ao trabalho em dias feriado ou de folga foram desconvocadas e a empresa irá remunerar o trabalho nos períodos referidos com um acréscimo de 50% sobre a totalidade das horas trabalhadas (e não apenas sobre metade das horas, como até aqui).
Segundo Jorge Oliveira, da Associação Sindical Independente dos Ferroviários da Carreira Comercial (ASSIFECO), a administração da CP "alegou sempre não poder pagar mais do que o estabelecido pelo Código de Trabalho, uma vez que o seu orçamento provém do Orçamento do Estado", mas deu agora um "sinal positivo ao assumir esse custo para permitir negociações e um consenso até ao fim de abril".
Na "agenda sócio laboral" desde já estabelecida estarão temas como a atualização dos valores pagos pelos seguros de acidentes de trabalho e os processos disciplinares levantados a trabalhadores devido a ausências em dias seguidos por motivo de greve.
Além disso, "em face da incessante contestação laboral " devido à retirada de algumas concessões aos trabalhadores (como as viagens gratuitas para os agregados familiares dos trabalhadores, propostas pela CP noutras negociações e entretanto eliminadas), a empresa comprometeu-se "analisar em conjunto com as organizações representantes dos trabalhadores as melhores formas de as modificar em termos futuros".
Os diversos sindicatos da CP tinham enviado pré-avisos de greve a todos os feriados, que poderiam implicar paralisações na Sexta-Feira Santa, no domingo de Páscoa e no 25 de Abril. Agora, fica também desconvocada a greve dos maquinistas ao trabalho extraordinário.
A partir de amanhã, as outras empresas da CP (Carga, EMEF) farão "idêntica negociação" com a administração, de acordo com o que a empresa transmitiu aos sindicatos na reunião de sexta-feira.
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